12 – “O dia está ensolarado!”

Locais: Passada rápida por Uruguaiana e Paso De Los Libres (ARG). Parada e pouso em Paraná (ARG) e Córdoba (ARG).
Data: 06 a 08 de maio
Bebida: Cervejas Quilmes, Chopp Budweiser
Obs: Ninguém acredita que passamos por Córdoba e não tomamos o tal do Fernet com coca-cola, mistura amplamente cultuada pelos cordobeses. Mas é verdade, só fomos conhecer esse “veneno” em Mendoza!

06/05/2010


     Aleluia!!! O dia amanheceu com muita neblina, mas via-se que, tão logo a névoa matutina se desfizesse, o sol apareceria. Lembrei do cabeçalho que a professora da segunda série mandava a gente fazer no caderno diariamente, de acordo com o tempo: “o dia está chuvoso”, “o dia está nublado”, “o dia está frio”, etc. No dia 06 de maio de 2010, se ainda estivesse na classe da inesquecível Tia Cristina, eu teria que escrever: “o dia está ensolarado!!!”.

     Saí guiando a pick up, fazendo mais ou menos o caminho conhecido como Rota das Missões pela BR-285. Passamos pelo trevo que dá acesso a São Miguel das Missões (cidade dos Sete Povos que tem os sítios arqueológicos mais bem preservados), por São Luiz Gonzaga, Santo Antônio das Missões, até São Borja (cidade mais antiga do Rio Grande, banhada pelo rio Uruguay, na divisa com a Argentina; terra dos presidentes Getúlio Vargas, João Goulart e do governador gaúcho Tarso Genro). Ali paramos num posto pra abastecer e comer algo. A educação e simpatia dos sulistas continuavam nos surpreendendo. Marcel falou: “temos que planejar uma viagem que contemple só o Rio Grande do Sul, Fabião”. Eu concordei na hora. Aquilo é um país à parte.

     Trocamos as funções. Passei a co-piloto, manejando os mapas com habilidade enquanto o Marcel pilotava quase como um profissional. O cara dirige muito. Andamos mais um bom trecho até chegarmos a Uruguaiana (recebe esse nome por ficar a beira do rio Uruguay e não por ser vizinha o país que leva o nome desse rio; na verdade faz divisa com a Argentina). Rodamos um pouco por lá pra conhecer aquele semi-caos e acabamos meio perdidos, demoramos um pouco pra achar a ponte que leva ao outro lado da fronteira, até Paso de Los Libres. O céu do lado de lá do rio parecia mais azul ainda, efeito psicológico, com certeza.

     Paramos na aduana para acertar a documentação, coisa bem simples. Comprei um mapa rodoviário que incluía Argentina, Uruguay e Chile. Não podíamos confiar totalmente no GPS, e um mapa de papel, bem detalhado, não podia faltar. Dá um tom todo especial à viagem, um toque de aventura.

     A estrada do lado argentino estava meio precária, com muitas reformas, pouca sinalização. Pra piorar, eu não tinha certeza absoluta de que estávamos no caminho certo, mas fomos tocando. Logo à frente dois guardas nos pararam. Pareciam ser simples e simpáticos, possuíam aspecto indígena, pelo biotipo estariam mais pra bolivianos do que pra argentinos. Perguntaram sobre a quantidade um pouco grande de malas que levávamos. Encontraram uma caixinha de charutos Cohiba na bagagem, olharam, cheiraram, sorriram um pro outro. Acho que estavam querendo um puro como regalito, mas, se não me falha a memória, não satisfizemos a suposta vontade dos dois (Marcel, me corrija se eu estiver errado). No fim das contas, o primeiro contato com a polícia argentina até que foi bem tranquilo.

     A paisagem foi mudando, o terreno ficando mais plano, o frio aumentando, o vento assoprando mais forte. O céu foi ficando cinza e parecia que a escuridão da noite chegaria brevemente. Marcel me zoava: “e aí Fabião, emocionado no seu país espiritual?”. Realmente eu sentia algo entre emoção, gratidão, euforia, sei lá...Sensações novas. Com quase trinta anos a gente às vezes acha que já viveu muito e sentiu tudo o que tem que sentir, mas creio que até o último dia de nossas vidas podemos ser surpreendidos com novas emoções e experiências. O mundo é vasto, já dizia Drummond. Nossa alma também. Impossível conhecê-la por completo, nem que vivamos cem anos.


Estrada e céu argentinos. O azul de lá não é mais bonito?

    A ideia era seguirmos direto até Córdoba, mas já sabíamos que só conseguiríamos chegar lá de madrugada, então começamos a pensar em uma alternativa. Eu pensava em Paraná (capital da província de Entre Rios) ou Santa Fé (capital da província de mesmo nome). As duas cidades ficam às margens do Rio Paraná (o mesmo que nasce no Brasil e vira Rio de la Plata pouco antes de desaguar no atlântico), a primeira do lado leste e a segunda do lado oeste. Mas o Diegão, dono do hostel de Foz do Iguaçu, disse que nessas duas cidades haviam algumas favelas, que era uma região perigosa. Então pensamos em viver algo diferente, parar em alguma cidadezinha bem pequena, onde, delirávamos, seríamos o centro das atenções, despertaríamos a curiosidade e o amor de las chicas, faríamos história, tal qual o jovem Ernesto Guevara de La Serna e seu fiel amigo Alberto Granado.

    Opa, chega de alucinação! Chega de pretensão! Olhamos no mapa e achamos que seria bom pararmos em Bovril, cidadezinha próxima a Paraná. Mas o lugar parecia não ter nada, me lembrou a cidade fictícia em que se passa o filme Buenos Aires 100 km (assistam), então decidimos pagar pra ver. Fomos pra Paraná. E ainda bem que fomos, porque essa parada foi outro ponto alto da viagem. Que lugar maravilhoso.


(PARANÁ – PROVÍNCIA DE ENTRE RÍOS – ARGENTINA)

     Quando chegamos na cidade de Paraná, já estava escurecendo. Rapidamente entramos numa avenida central e depois na avenida que fica a beira-rio. Logo avistamos um ponto de informações turísticas e paramos. Ali conhecemos Ricardo, sujeito fantástico que, após rápido bate papo, elogiou o espanhol do Marcel e nos falou de memória os nomes e localizações dos hotéis e restaurantes que a cidade de cerca de 300 mil habitantes possuía. Comentou que antes vinha sempre pro Brasil, pra Florianópolis, mas que ultimamente, devido ao cambio desfavorável, achava impossível, loucura vir pra cá.

     Seguimos pra um dos hotéis indicados pelo guia. No caminho nos surpreendemos com a estrutura e beleza do lugar. Pensávamos: cadê as favelas, Diegão? Nem sombra delas, e olha que rodamos bastante pela cidade. Chegando ao hotel, descarregamos as malas e tomamos um banho reconfortador. Desci um pouquinho na recepção pra tentar conversar com os funcionários. Eles ouviam ou assistiam ao jogo de volta entre Inter de Porto Alegre e Banfield da Argentina (Copa Libertadores), no qual o time brasileiro acabou se classificando “na marra”. Malditos colorados.

     Estávamos famintos, então partimos logo para um tenedor libre (o self service deles). Fomos espantosamente bem atendidos. A garçonete, uma linda e delicada morena (pele clara, branquinha, e cabelos negros) nos serviu vinho, tirou fotos e ainda trocou algumas palavras conosco. Pouco antes de sairmos dali, chegou ao restaurante um bando de japoneses ou coreanos que aparentemente comemoraria alguma data especial.

     Depois do jantar, do vinho, do encontro surpresa com os orientais e de uma lenta caminhada pelo belíssimo centro da cidade, chegava a hora da Quilmes. Estava frio, mas resolvemos mesmo assim encarar uma gelada num pequeno bar, em frente à praça 1º de mayo. Ficamos conversando em português, normalmente, e creio que isso atraiu a atenção de um sujeito estranhíssimo, chamado Raul Julian. O homem começou a falar, um pouco conosco e um pouco sozinho. Resolvemos puxar assunto com esse figurão, descobrimos que era médico (eu jamais marcaria uma consulta com um maluco daqueles) e pudemos notar que estava muito bêbado, borracho.Ele dizia dominar o idioma francês e parecia tirar um pouquinho de sarro do Brasil, falando da Amazônia, de cobras e florestas. Fiquei meio cabreiro (com vontade de tipo quebrar uma garrafa na cabeça dele ou dar-lhe uma cusparada ), mas resolvi acreditar, influenciado por Marcel, que o suposto franco-argentino falava aquelas bobagens de brincadeira.

     Estávamos com muita vontade de estender a noite, pegar uma balada, conhecer pessoas agradáveis, etc. Mas tínhamos que sair cedinho no dia seguinte para chegarmos a Córdoba em tempo de curtir a cidade mais festeira da Argentina. Então, fomos dormir. Ainda bem que não sonhei com o tal do Raul Julian (que cara estranho!). Na verdade, não me lembro com o que sonhei naquela noite. Mas tenho quase certeza de que foi com a garçonete do tenedor libre.

Paraná - Argentina.


07/05/2010

     A rotina de dormir meio tarde e acordar cedo continuava. Essa maratona já estava alterando nosso humor. Dois caras ranzinzas juntos, um são-paulino e outro corintiano (un de River y Independiente, otro de Racing y Racing solamente), é perigo na certa, risco de vida. Saímos do hotel, se me lembro bem, sem tomar café. Passamos novamente pela avenida que fica a beira do rio Paraná. A paisagem era muito mais bonita pela manhã. Seguimos para a outra margem, sem a necessidade de utilizar ponte ou balsa, acreditam?Passamos por um túnel (o túnel subfluvial Raúl Uranga – Carlos Sylvestre Begnis), por baixo do rio. Coisa inédita pra mim. Que loucura! Pena (ou sorte, porque confesso que sou um pouco medroso) que a travessia foi rapidinha e logo estávamos em Santa Fé, terra dos clubes Colón (1º divisão do futebol argentino) e Unión (segunda divisão). A cidade é maior (possui cerca de 400 mil habitantes) e um pouco mais suja do que Paraná, mas muito bonita e urbanizada também. Apenas o rio as separa.

 
Os escudos do Club Atlético Colón e do Club Atético Unión, ambos da cidade de Santa Fé. A partida entre essas duas equipes é chamada de El Clásico Santafesino.



     Até Córdoba foi uma “pernada” e tanto, sempre seguindo pela Ruta 19, estrada simples, porém, conservadíssima e relativamente pouco movimentada. O caminho é quase totalmente plano e somente quando fomos nos aproximando de Córdoba pudemos notar que a região começava a ficar montanhosa. Dormi parte da viagem, mas lembro-me de ter passado por várias cidades pequenas e médias: Frontera, San Francisco, La Francia, Arroyito e, esse nome me chamou a atenção, Rio Primero. Esta cidade fica às margens de um rio conhecido justamente como rio Primero. Há também, descobrimos depois, o rio Segundo, Tercero, Cuarto e Quinto. Foi uma forma que os colonizadores encontraram de denominar os grandes rios da região, partindo de Córdoba para o sul. Uma lei provincial de 1984 agregou aos rios os nomes originalmente utilizados pelos indígenas da região:

- Río Primero (Suqula)
- Río Segundo (Xanaes)
- Río Tercero (Ctalamochita)
- Río Cuarto (Chocancharava)
- Río Quinto (Popopis)


 
(CÓRDOBA – PROVÍNCIA DE CÓRDOBA – ARGENTINA)

- Cidade com cerca de um milhão e trezentos mil habitantes. Localiza-se no limite dos pampas com a região das serras pampeanas.
- Os cordobeses são considerados mais “alegres”, festeiros e receptivos do que os outros argentinos (sobretudo do que os de Buenos Aires).
- Na parte montanhosa dessa província, devido ao bom clima, mais especificamente em Alta Gracia, Ernesto Guevara de La Serna (nosso querido Che) foi morar em 1933, quando tinha cinco anos, para tentar se curar da maldita asma que o acompanhou por toda a vida.
- A cidade é sede de quatro clubes de futebol: O Talleres, o Belgrano, o Instituto e o Racing de Córdoba (esse último, que eu sinceramente não conhecia, foi criado em homenagem ao meu querido Racing Club de Avellaneda). Atualmente nenhum dos quatro disputa a 1º divisão.
- O cordobês tem um jeito próprio de falar (la tonada cordobesa) e vez por outra é alvo de chacota dos porteños (os argentinos naturais de Buenos Aires), algo similar ao sarro que os paulistanos tiram de nós, os caipiras do interiorrrrrrr. Abaixo, a título de curiosidade, seguem algumas particularidades do sotaque cordobês:



    Perto das 14 horas chegamos em Córdoba. O trânsito da segunda maior cidade argentina estava pesado e nosso humor também. Estávamos estressados, cansados, precisávamos dormir um pouco, fazer uma pausa. No GPS já constava o endereço de um dos hostels que havíamos pesquisado e definido como primeira opção, mas mesmo assim demoramos a chegar até ele. Ficava quase no centro, região bem movimentada, difícil de estacionar. Marcel conseguiu achar uma vaga, enquanto isso eu fui até o Córdoba Hostel, Avenida Ituzaingó, 1070, Bairro Nueva Córdoba. Conversei com a mais que simpática atendente, mulher inteligentíssima, percebia-se, beirando os quarenta anos (pena que não lembro seu nome). Falava o espanhol bem devagar, provavelmente pra evitar as confusões que o famoso sotaque cordobês provoca até mesmo nos argentinos das outras regiões (eu confesso que não percebi a tonada cordobesa no falar da moça). Ela disse que o hostel estava lotado e que só tinha um quartinho sem ventilação, com cama de casal. O preço estava bom, mais que bom, acho que 90 pesos pra duas pessoas. Não estava a fim de encarar aquele trânsito novamente pra procurar outro lugar, então fechei.

     Voltei ao carro e falei com o Marcel que estava de cara amarrada, mas aprovou o hostel. Ele estava com o humor mais afetado que o meu. Colocamos o carro num estacionamento ali perto e em duas viagens levamos a bagagem. A atendente, estupefata com a quantidade de malas, disse algo assim: “Oh, su viaje es muy largo, no?”. Eu disse: “si, por supuesto”... E me esquivei meio envergonhado. Que raio de mochileiros de primeira viagem nós éramos. Pra que tanta mala??? Que vergüenza.

     O quarto em que ficamos parecia um porão. Possuía uma cama de casal antiga e um armário com dois cobertores bem velhinhos, porém, limpos. Não havia janela. O banheiro era coletivo e ficava do outro lado do corredor. Demos um tempinho no hostel, havia gente de vários tipos e lugares ali: um cara de nacionalidade desconhecida que falava inglês com a atendente; um brasileiro de sotaque gaúcho que usava um chapeuzinho tosco e falava ao notebook hora em português, hora em espanhol e hora em alemão; alguns argentinos de outras províncias; um gay super afetado; uma colombiana que estava viajando sozinha. Será que ela estava só no quarto? Não me caberia ali? Melhor dividir uma cama de casal com a colombiana do que com meu brother...Depois de algumas cervejas ou pelo MSN eu teria coragem de perguntar isso a ela e de oferecer minha companhia, mas ali, ao vivo e sem beber nada, minha coragem se esvaiu.

     Saímos para um city tour. Estávamos famintos, mas resolvemos que a fome podia esperar. Fazia um pouco de frio, mas saímos de manga curta. Foi a pior besteira que fizemos. Andamos uns 10 quarteirões até chegarmos à Plaza San Martín, de onde partia o ônibus pro city tour. A guia turística era muito bacana, fazendo jus à fama dos cordobeses. Passamos por vários pontos turísticos, praças, teatros, grandes avenidas. O que mais me chamou a atenção foi uma igreja (Iglesia de los Capuchinos) e o Parque Sarmiento, algo como um parque do Ibirapuera em miniatura.

Iglesia de los Capuchinos. A foto ficou ruim, mas a igreja é belíssima.

Uma das entradas para o Parque Sarmiento.
     Foi muito bom o passeio, inclusive porque fizemos amizade com um casal de ingleses e com um cara da Escandinávia (não lembro se ele era dinamarquês, sueco, norueguês ou finlandês, me ajuda aí Marcel). A única coisa ruim foi termos ido desagasalhados. O ônibus era aberto e passamos muito frio. Começava ali a pior gripe da história do Marcel (e uma das piores da minha vida também), a qual denominamos posteriormente de gripe equestre, conforme veremos logo adiante. Fique atento aos sintomas que em breve descreveremos. Se você tem ou teve contato mais próximo comigo e com o Marcel, pode ter adquirido a dita enfermidade que, conforme percebemos, é incurável!

     Depois de um banho quente e uma descansada de 40 minutos, saímos para comer algo e procurar um barzinho. Passamos pelo gigantesco Shopping Patios Olmos (ali traçamos uma McOferta nº 10 que fazia parte da campanha Copa do Mundo do McDonalds) e depois paramos num bar temático chamado Johnny B. Good. O lugar era todo decorado estilo Rock in Roll, com posters de várias bandas. Até o banheiro tinha uma decoração especial.

     Conseguimos fazer contato com algumas cordobesas, especialmente com uma garota que atendia as mesas. Passamos momentos agradáveis ali, mas novamente não pudemos nos demorar muito porque no dia seguinte partiríamos para o "pé" das Cordilheiras dos Andes, até Mendoza.


Bar temático Johnny B. Good. Faltou a foto com as cordobesas. Maldita timidez!

Mendoza que te quiero, Mendoza!

Córdoba que te quiero, Córdoba! Volveremos con mas tiempo para conocerla mejor!

5 comentários:

  1. Fabiones, vc está c/ a razão, não regalamos la policia con puros pq eu só tinha dois charutos para todo o resto da viagem... Ah, valeu pelos elogios, vc tb pilota carros muito bem!!!
    Marcel | marcel_somenzari@hotmail.com | 02/11/2010 22:36

    ResponderExcluir
  2. Fabiones, eu definiria Raul Julian como un gran personaje... E o barulho que ele fazia quando se empolgava?! Tipo um assobio "Fiiiiiifffff!" Figurassa!!! Ah, ce esqueceu de mencionar a volta p/ o hotel (e que hotel hein, acho q 4 estrelas, não?! por um preço bem sussa) quando conhecemos aquelas simpáticas policiais provincianas!!! Lembra?! Uma delas bem avontis com um argentino...rs E ainda teve o figura do hotel q tomou la salidera con nosotros!
    Marcel | marcel_somenzari@hotmail.com | 02/11/2010 14:11

    ResponderExcluir
  3. Realmente brother, tenho q admitir que eu estava um tanto quanto estressado neste dia, em especial quando chegamos naquele trânsito caótico de Cordoba!!!
    Marcel | marcel_somenzari@hotmail.com | 02/11/2010 22:31

    ResponderExcluir
  4. eita. eu tava esperando a descrição da gripe equestre! cadê? rs.
    veridiana | 01/11/2010 20:25

    ResponderExcluir
  5. O figura que conhecemos no city tour é finlandes!!! Lembra aquelas fotos que ele mostrou dos bichos silvestres que ele caçou?! Trash demais!!!
    Marcel | marcel_somenzari@hotmail.com | 02/11/2010 22:29

    ResponderExcluir