3 - Partícipes especiais

Local: Casa do Fernando – Américo Brasiliense/SP
Data: Fevereiro a Abril de 2010
Bebida: Geralmente cervejas Skol e Brahma; Quilmes (ARG) e Patrícia (URU) uma mísera vez que a Flavinha levou; cafezinho obrigatório no intervalo das aulas aos sábados de manhã.
Obs.: O mate amargo que o Fernando prometeu ficou só na vontade, aliás, só pra depois da viagem Muito feliz.

Meu companheiro de viagem falava o espanhol quase que fluentemente. Eu, ao contrário, embora nutrisse grande admiração pela cultura hispano-americana, não falava quase nada, apenas lia alguma coisa (na verdade até que eu lia relativamente bastante coisa, principalmente o diário esportivo Olé -http://www.ole.com.ar/). Como não pretendia em hipótese alguma ficar totalmente dependente do meu amigo, precisava arrumar uma solução, o que consegui facilmente porque o professor de espanhol do Marcel, um argentino residente em Américo Brasiliense, topou me dar algumas aulas Vips.
A didática apuradíssima do professor Fernando somada a minha dedicação ferrenha acabou por surtir efeito rapidamente, de modo que dentro de quatro meses eu já conseguia me virar com o idioma falado no território dos nossos vizinhos.
As aulas eram sempre aos sábados de manhã, na casa do próprio Fernando. Além de estudar os tópicos da apostila feita especialmente para mim, trocávamos ideia sobre futebol, filmes, livros, enfim, sobre a cultura argentina em geral. A parada para o cafezinho era obrigatória. Aliás, muito bom o café do nosso hermano.

Além de professor, Fernando acabou por tornar-se também um grande amigo. Esse boníssimo argentino, torcedor do grande Boca Juniors (menor apenas que o Racing Club, time que mora no meu coração Rindo a toa) nos presenteou com vários asados em sua casa, dando uma prévia do que iríamos encontrar na Argentina. Em meio aos choripanes, bifes de chorizo e chimichurris, conversávamos e nos embebedávamos muito, especialmente porque a Patrícia, simpaticíssima esposa do Fernando, estava sempre compenetrada em encher e completar nossos copos repetidamente, sem dó nem piedade. E nós aceitávamos!


Da esquerda para a direita:
Choripán - nas entradas dos estádios argentinos de futebol esse lanchinho não pode faltar!
Bife de Chorizo - depois de assado isso fica uma maravilha!
Chimichurri - molhinho bom esse, pena que o Fernando não quis dar a receita...
Cerveja QUILMES Cristal - dispensa comentários; se não experimentou, experimente!


Participavam normalmente desses churrascos, além de mim, do Marcel, do Fernando, da Patrícia e da Valentina (filhinha dos dois), um primo e uma prima da esposa de nosso professor: o fantástico Reinaldo e a graciosa Flavinha. Esta última, aliás, também foi pra Buenos Aires e inclusive nos encontramos por lá, conforme veremos adiante.
A verdade é que esses encontros e confraternizações proporcionados por Fernando, Patrícia e sua família antes da viagem deram um sabor todo especial ao nosso empreendimento. O fato de podermos contar para essas pessoas nossos sonhos e ideias e dessas pessoas nos ouvirem com atenção e se importarem com o que estávamos vivendo foi algo muito especial, realmente um ponto alto da viagem, mesmo antes dela ter começado. A gratidão que temos pelo que fizeram é genuína, podem ter certeza.

Eu, Marcel e nosso amigo Fernando. Repare que o único argentino verdadeiro da foto é o que não está com a camisa de la selección.

                                                                                                     

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